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A importância do dimensionamento da sua Capacidade Produtiva

Ao início de cada mês, você sabe o quanto terá produzido ao final? E faturado? Se números tão essenciais no mundo empresarial quanto produção e receita são hoje incógnitas, com previsões pouco nítidas aos olhos gerenciais, pode ser a hora de uma autoanálise (e de alguns cálculos).

Nesse sentido, mensurar a Capacidade Produtiva da empresa com solidez mostra-se fundamental para uma gestão consciente e bem estruturada – preparada não somente para possíveis oscilações do mercado, como também para oportunidades de expansão. Ficou interessado? Continue a leitura para saber mais!

“Mas, afinal, o que é a Capacidade Produtiva e qual sua importância?” 

O cálculo da Capacidade Produtiva define, em conceito, a quantidade máxima de saídas do processo produtivo (sejam bens ou serviços), em certa quantidade de tempo. É, então, uma grandeza que engloba todas as variáveis envolvidas na unidade produtiva, avaliando, assim, o nível de aproveitamento pela empresa dos recursos disponíveis. E, uma vez que esse estudo não é desenvolvido, torna-se ainda mais difícil de se dizer: “A cada real investido aqui, eu gero X reais para a minha empresa”

Logo, a carência dos dados acerca da Capacidade Produtiva atua como uma venda aos olhos do gestor no momento de cada investimento. Por exemplo, suponhamos que a demanda de uma pequena fábrica de lápis aumentou muito em pouco tempo e, com a pressão para o aumento da produtividade, o espaço físico é expandido e novos operários são contratados.

Sem um conhecimento assertivo de quantos produtos a fábrica produz hoje, não é possível estipular quantos produtos passarão a ser produzidos após as mudanças. Dessa forma, caso medidas equivocadas sejam tomadas, as grandes somas de capital envolvidas dificilmente são recuperadas. 

Nesse sentido, erros de projeção para mais ou para menos podem se mostrar maléficos de diferentes maneiras (leia abaixo).

Excesso de capacidade 

  • Perda de estoque; 
  • Ociosidade dos trabalhadores; 
  • Capital excessivo subaproveitado; 
  • Baixo retorno sobre o investimento.

Carência de capacidade 

  • Demora na entrega; 
  • Não atendimento da demanda; 
  • Clientes insatisfeitos; 
  • Queda no faturamento. 

“Certo, entendi! E o que é necessário para definir minha Capacidade Produtiva?” 

O empreendedorismo moderno, curiosamente alinhado à filosofia de Sócrates, proporia que “conhece-te a tua própria empresa”. E ainda que não existam consultórios terapêuticos para organizações inteiras, a Engenharia de Produção atua, junto ao gestor, com a assertividade de uma modelagem visual para os processos da empresa.

Esse mapeamento é peça-chave para a padronização adequada do fluxo de atividades em cada um dos processos mapeados (saiba mais clicando em Entenda a relevância do mapeamento de processos). 

Assim, com o entendimento de toda a equipe quanto a essa regularização das etapas produtivas, a empresa está qualificada para levantar os tempos de duração de cada uma das etapas. É dessa forma que, com base no conhecimento da produção e dos recursos envolvidos nela – de tempo até máquinas e pessoas -, a empresa pode ter acesso a sua Capacidade Produtiva. As principais vantagens disso estão no melhor controle do negócio e filtro na tomada de decisões.

Agora, resta saber qual é o passo a passo para determinar a Capacidade Produtiva! 

   1. Uma etapa traduz-se em elementos para o Estudo dos Tempos 

Nesse momento inicial, considerando os processos já mapeados, toda a transformação da matéria-prima em produto final é dividida elementos menores – atividades sequenciadas que fazem parte do processo produtivo e que podem, e devem, ser cronometradas. 

   2. Cronometragem: insumos que levam à precisão 

Com o objetivo de gerar informação para o estudo da capacidade e um melhor planejamento produtivo, fazemos uma tomada de tempos com cada elemento do processo produtivo. Por mais que conduzida por números, é uma etapa que torna-se subjetiva perante aspectos como eficiência e disposição da equipe. Por isso, o levante de dados é feito diversas vezes com os colaboradores envolvidos no elemento, dando maior assertividade para a média dos tempos. 

Para que o colaborador não sinta se sinta pressionado pela avaliação do trabalho e execute-o mais rápido, é importante o cuidado de mantermos certa distância do local de execução da atividade. Em alguns casos, é interessante até a utilização de câmeras posicionadas em locais possíveis de acompanhar o funcionamento e a duração do processo no cotidiano. 

   

3. Utilização e Eficiência: Indicadores da realidade 

Agora, para atingir a precisão esperada, considera-se que dificilmente é possível manter um dia inteiro de trabalho constante. Assim, a partir do levantamento das interrupções, seja para limpeza e organização do ambiente de trabalho ou para descansos acordados, trazemos de fato a realidade do processo produtivo aos cálculos. 

Após a quantificação de interrupções, calculamos a Utilização dos recursos. Se, por exemplo, o expediente do colaborador é de 8 horas, mas ele produz, em média, durante 6 horas diariamente, a razão entre os dados (6h/8h = 0,75) resulta na porcentagem de 75% de Utilização desse capital humano. 

Já a Eficiência calcula sazonalidades pontuais, comparando-as à normalidade. Caso uma lanchonete tenha, normalmente, uma saída de 4 fatias de pizza por hora com um colaborador em eficiência-padrão, e, certo dia, as saídas passaram a ser de 6 fatias por hora, algo mudou. É um indicador interessante para a notificação de anomalias, as quais podem sugerir avanços ou apontar pontos de melhoria na forma de execução do processo. 

   4. Dimensionamento do capital humano e operacional: os moldes da Capacidade Produtiva 

Com os dados em mãos do tempo de duração de cada elemento dos processos produtivos, podemos chegar ao tempo médio da transformação de matéria-prima a produto final – mensurando, com precisão, o tempo que o processo leva. 

A partir disso, podemos chegar ao número exato de pessoas ou de máquinas necessárias para a produção! Caso a contratação já esteja definida, a fórmula pode ser preenchida em m e resultar no N, o número de operações (produtos) que a empresa é capaz de gerar naquela medida de tempo (geralmente, um expediente). 

Está pronto! Agora todos os seus processos estão dimensionados, e a sua demanda pode se adequar assertivamente a sua Capacidade Produtiva real! 

Gostou do conteúdo? Espero que esse material tenha sido realmente útil para você e para a realidade da sua empresa! Caso tenha alguma dúvida, ou interesse em conhecer as melhores soluções para o seu negócio, clique Aqui e entre em contato com o time Produtiva Júnior.

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